sábado, agosto 16, 2008

a mesma...

ela poderia ter 22 anos, 36, ou simplesmente 42 e meio (para sermos mais exatos, claro!), subjulgava a razão e cheirava a naftalina, pele parda, longos dedos com as unhas pintadas minunciosamente de rosa pele. Todo dia era sempre o mesmo dia, ouvindo as mesmas reclamaçoes dos seus colegas de trabalho, algo como o fato do café nunca estar sempre na temperatura exata ou mesmo a pergunta frenetica que se repetia na sua cabeça: qual o novo cardapio pro almoço de hoje?; mas não adiantava muito, chegava em casa e seus pés apenas permitiam que ela fizesse arroz, feixão, e batata afogada, era uma dona de casa, uma criança ou até mesmo uma adolescente, e nao se dava ao luxo de ler romances acima de 39,90, ou seja, sempre acaba lendo novamente os textos de paulo coelho que encontrava em promoção no supermercado ao lado, era repetitivo, rotineiro, angustiante, problematico, mas ela fazia a mesma coisa dia apos dia, mas dançava!

3 comentários:

Luis Gustavo Brito Dias disse...

- algumas vezes a rotina nos consome e, sem percebermos, somos o ontem de nós mesmos, apenas acrescido de tempo, sem nenhuma construção.

cuide-se.

ana disse...

Ola, não sei como cheguei em seu blog, mas ele muito me agradou!
Gostei do texto. ;)

Priscila F. disse...

te amo!